Jovens se interessam por Tricô - Matéria da Tv Gazeta - Jornal da Gazeta
Há algum tempo eu queria fazer este post, mas ficava enorme e eu desistia.
Geralmente, nós tricoteira(o)s e crocheteira(o)s assumida(o)s, com muito orgulho, quando encontramos uma reportagem na Net, TV ou matérias em jornais e revistas, sempre temos a insatisfação de ler expressões como: "do tempo da vovó", "que nossas avós faziam", "peça para sua vovó fazer", "do jeitinho da vovó", etc...e por mais que informemos aos "especialistas de moda" que: as vovós tricoteiras e crocheteiras estão no céu; que o tricô e crochê estão sempre na moda por conta da nova geração de profissionais e iniciantes que procuraram aprender por iniciativa própria; que existem muitos grupos virtuais, nacionais e internacionais, no Google e Yahoo onde mulheres do mundo todo se juntam para fazerem projetos juntas; que há sites especializados em ensinar tricô e crochê pela Internet; que no YouTube há milhares de vídeos ensinando, gratuitamente, diversas técnicas; que no Facebook existem centenas de grupos de pessoas reunidas para trocarem informações; que no Google+ temos Hangouts, que estão entre os mais acessados; que no Ravelry, a maior comunidade internacional de tricô e crochê, existem muitas pessoas reunidas fazendo o que mais gostam; que os vários grupos promovem encontros em datas específicas em várias cidades do Brasil; que no Orkut ainda existem várias comunidades; que congressos e outros eventos são feitos em datas específicas com pessoas de todas as idades; ainda assim, infelizmente, muita gente desconhece as nossas colméias de tricô e crochê, espalhadas pelo mundo.
Pois bem, assistam a brilhante matéria apresentada pela jornalista Carla Rodeiro, da TV GAZETA, no Jornal da Gazeta de ontem.
A(o)s tricoteira(o)s atuais são pessoas que fazem tudo o que as outras pessoas fazem e quando sobra um tempinho vão para um cantinho fazer "tricô-crochê terapia".
Temos vovós em nosso meio? Sim, com muito prazer e nos orgulhamos muito delas, pois são vovós que frequentam todas as redes sociais, são blogueiras, tem lojas virtuais para venderem seus trabalhos e vendem muito bem, como qualquer outra(o) tricoteira(o) mais jovem.
No mundo do tricô e crochê, somos todos iguais, ensinamos, aprendemos, nos divertimos e fazemos muitas amizades, pois, tricotar e crochetar, antes de tudo, é uma terapia deliciosa!
Há vovós que preferem fazer outras atividades, que não acessam a Internet, não se interessam por nada disso e não são discriminadas.
Vovós conquistaram o direito de fazer o que lhes dá mais prazer.
Parabéns à jornalista Carla Rodeiro, que eu sempre considerei como ótima repórter e que agora considero como excelente! Parabéns à TV Gazeta por ter colocado o assunto em pauta no Jornal da Gazeta. Vocês mostraram um pouquinho do nosso universo: quem somos e como somos.
Comentários
Besos, Marcela♥
Sou portuguesa, tenho 34 anos, faço tricot desde os 6 anos de idade (a minha mãe felizmente ensinou-me) mas tenho sempre aquela sensação de ser vista como fazendo algo antiquado! Estou a tentar mudar essas mentalidadezinhas! Vou iniciar um workshop de tricot em Setembro, criei o blogue e tenho tido encomendas e sou muito feliz a tricotar! Ah e tenciono passar o conhecimento às minhas sobrinhas e filhota com 2 aninhos! O tricot é sem dúvida a minha terapia depois de um dia de trabalho.
Portanto, quem é antiquado? Resposta óbvia: Quem não recicla seus conceitos.
Obrigada! Beijinhos.